O hipotireoidismo subclínico é definido como uma elevação da tireotropina sérica (TSH) e concentrações de hormônios tireoidianos dentro da faixa de referência.
A incidência varia de 3 a 15% com aumento associado ao avançar da idade, sexo feminino e grau de insuficiência de iodo. Entre 8 a 18% dos adultos com mais de 65 anos de idade apresentam hipotireoidismo subclínico.
Apresenta algumas peculiaridades, tanto na abordagem diagnóstica quanto no seu tratamento, quando são consideradas populações específicas e/ou doenças concomitantes.
Fisiologicamente, há aumento do TSH em idosos, o que tem sido associado à longevidade. É altamente necessária essa análise de acordo com a idade antes que qualquer diagnóstico seja feito e o tratamento seja prescrito. Na maioria dos casos, o tratamento em idosos deve ser iniciado quando o TSH estiver maior que 10 mUI.
Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos adversos do excesso de hormônio tireoidiano, especialmente fibrilação atrial e fraturas por osteoporose. Deve-se tomar muito cuidado com o excesso de hormônio tireoidiano neste grupo.
Os resultados do estudo TRUST, um grande estudo randomizado e controlado, revelaram que o tratamento do hipotireoidismo subclínico em idosos não trouxe benefício de qualidade de vida quando comparado com grupo placebo. Há baixa correlação entre os sintomas e níveis de TSH.
A avaliação deve ser individualizada e o profissional deve avaliar o risco/benefício ao se tratar um paciente idoso com hormônio tireoidiano